Quem Somos

Diretor: Helvecio Rubens Crippa
Vice-Diretor: Marcus Vinicius Tovar Costa
Sala: 6019 – Bloco B
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História do IME

A História é nossa grande aliada na busca e construção de um futuro melhor. É ela que nos dá a dimensão exata daquilo que fomos no passado, do que somos atualmente e do que poderemos ser. Através de nossas memórias, delimitamos parâmetros, determinamos nossa real identidade e nos revigoramos para a obtenção de novas conquistas, baseadas em grandes exemplos do passado.

O Instituto de Matemática e Estatística e a própria Universidade do Estado do Rio de Janeiro tiveram como núcleo embrionário a Faculdade de Filosofia do Instituto La- Fayette, nascida em 11 de agosto de 1939, pela fusão de um projeto do Professor La-Fayette Cortes com outro projeto iniciado no Colégio Pedro II elaborado pelos professores Antônio dos Santos Jacinto Guedes, de Latim, Armando Black Sant´Anna, de História Natural, Vitor Silva, de Matemática e Francisco Alcântara Gomes Filho, de Física.

Este último projeto, originado no Colégio Pedro II, foi iniciado em meados de 1939, após a criação da Faculdade de Filosofia, através do Decreto 1190 de 4 de abril de 1939, que também extinguiu a Universidade do Distrito Federal (UDF), transferindo alunos e professores para âmbito do ensino federal.

Dessa forma, foram iniciados os contatos para a constituição da Congregação com mestres do próprio Colégio Pedro II e de outras instituições. Porém devido a um impasse na procura de um local para a instalação e funcionamento da Faculdade, foi promovido, pelo professor Ari Rodrigues da Mata (professor de História do Colégio Pedro II e do Instituto La-Fayette) um encontro entre o Professor Francisco Alcântara Gomes Filho com o Professor La-Fayette Cortes, então Diretor do Instituto La- Fayette, para verificar-se a viabilização da fusão entre este projeto com outro já iniciado por este grande educador.
Tendo sido admitida tal fusão, passou–se então à elaboração de um novo projeto que criaria então definitivamente a Faculdade de Filosofia do Instituto La-Fayette.

Do valoroso e eclético corpo docente, formado por Professores do Colégio Pedro II, Instituto de Educação, Colégio Militar, Escola Técnica do Exército, Escola Politécnica, Faculdade Nacional de Filosofia e do próprio instituto La-Fayette, podemos destacar os seguintes, nas áreas de Matemática e Estatística.

  • André Bernardino Chaves (Complementos de Matemática)
  • Felipe dos Santos Reis (Geometria Descritiva)
  • Haroldo Lisboa da Cunha (Análise Matemática )
  • Jacó Sabóia Barbosa (Geometria Descritiva e projetiva)
  • Jonatas Serrano (Lógica)
  • Jorge Kafuri (Estatística Geral e Aplicada)
  • Josué Cardoso d´Affonseca (Geometria Analítica e Superior)
  • Luis Caetano de Oliveira (Estatística Geral e Aplicada)
  • Othon Nogueira (Análise Superior)

Assim, foi realizada a reunião de Instalação da Faculdade, no dia 11 de agosto de 1939, no Instituto La-Fayette, na Rua Conde de Bonfim. Nessa reunião, os professores empossados elegeram La-Fayette Cortes como seu primeiro Diretor, assessorado por um Conselho Técnico Administrativo (CTA), constituído da seguinte forma:

  • Seção de Filosofia (Ney Cidade Palmeiro)
  • Seção de Matemática e Física (Francisco Alcântara Gomes Filho)
  • Seção de Química e Biologia (Fernando Nogueira Pinto)
  • Seção de Letras (Antônio Bardi)
  • Seção de Geografia e História (Rui de Lima e Silva)
  • Seção de Pedagogia e Ciências Sociais (André Bernardino Chaves)

Concluído o processo para a criação da Faculdade, e após encaminhamento do mesmo ao Ministério da Educação, aprovação e funcionamento foram autorizados pelo Decreto. 7173 de 13 de maio de 1941, que assim dispunha.

“O Presidente da República resolve, nos termos do art. 23 do decreto-lei no 421 de 11 de maio de 1938, conceder autorização para que se organizem e entrem a funcionar, a partir do ano escolar de 1942, os Cursos de Filosofia, de Matemática, de Física, de Química, de História Natural, de Geografia e História, de Ciências Sociais, de Letras Clássicas, de Letras Neo–Latinas, de Letras Anglo-Germânicas, de Pedagogia e de Didática, da Faculdade de Filosofia do Instituo La-Fayette, com sede no Distrito Federal. Rio de Janeiro, 13 de maio de 1941, 120º da Independência, 53ª da República Getúlio Vargas Gustavo Capanema”

Em 1942, iniciaram-se efetivamente as atividades da Faculdade, que teve nesse ano, 128 alunos matriculados em diversos Cursos, após aprovação em exame vestibular. O decreto que reconhecia os Cursos foi publicado em 1944.

No ano seguinte, com o afastamento do Professor La-Fayette, por motivo de saúde, e logo depois com o seu falecimento, os que ficaram à frente iniciaram um processo de autonomia da Faculdade, que apesar de continuar integrando o Instituto La-Fayette e utilizando suas dependências, passou a ter uma escrituração própria.

Em 1950, a Faculdade de Filosofia desvinculou-se da entidade fundadora e transformou-se numa sociedade sob a responsabilidade dos seus próprios Professores Catedráticos, ou seja, o Instituto La-Fayette.

Esse processo de autonomia teve início na gestação do Professor Faria Góes.
Nesse mesmo período, foi apresentado projeto que propunha a recriação da Universidade do Distrito Federal (UDF), sob novas bases, como entidade autárquica subordinada ao governo municipal.

A consolidação da autonomia ocorreu na administração do Professor Ney Cidade Palmeiro, período no qual houve a incorporação da Faculdade à UDF e a construção do Pavilhão Ney Cidade Palmeiro, na Rua Haddock Lobo. É importante ressaltar que tal obra de expansão somente foi viabilizada devido ao grande espírito de solidariedade reinante na época, que resultou na união de recursos da UDF e do próprio corpo docente, que muitas vezes abdicou de seus salários em prol da construção do novo imóvel.

Posteriormente, com a lei No 909 de 16 de junho de 1958, a Instituição passou a denominar-se Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Rio de Janeiro (URJ). Em 1961, com a transferência do Distrito Federal para Brasília, a denominação passou a ser Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Estado da Guanabara (UEG). Em 1975, com a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, surge a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Com a Lei da Reforma Universitária, houve a criação dos Institutos Básicos, dentre eles o Instituto de Matemática e Estatística, através da Resolução 296 de 14 de outubro de 1966, e o conseqüente desmembramento daquele núcleo inicial.

O IME teve iniciadas as suas atividades em 1968, de forma bem modesta e sem nenhuma infra-estrutura, com apenas uma funcionária. Funcionava numa sala da antiga Faculdade de Engenharia, na rua Fonseca Teles, somente a partir das 16 horas. Teve como seu primeiro Diretor o Professor Haroldo Lisboa da Cunha.

Depois de dois anos, o IME transferiu-se para o 4º andar do Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha (“Haroldinho”), até o término da construção do atual campus da UERJ, quando transferiu-se definitivamente para o 6º andar do Pavilhão João Lira.